Moradores da Chipupa clamam por água - “A Sede Não Espera”
Foram palavras dos moradores do bairro da Chipupa, durante o Workshop Municipal sobre o Acesso à água, realizado hoje, 26 de Abril, no município da Baía Farta.
O workshop teve como objectivo, contribuir para o debate público sobre as principais preocupações que afligem as comunidades, no domínio do acesso a água potável e as consequências das alterações climáticas.
Segundo os moradores do bairro da Chipupa existem diversos problemas no acesso à água potável. Anteriormente foi construído um tanque de água pela Administração Municipal que por conta de problemas técnicos não armazenava a água, como alternativa a comunidade partilha da mesma fonte de água com os gados.
A comunidade do bairro Boa Esperança gastava entre 300 a 500kz para adquirir um bidão de 20 litros de água. Actualmente, o bairro conta com dois tanques de água, um no âmbito do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza (PIDLCP) com a capacidade de 30 mil litros e outro no âmbito do projecto NaturAngola com a capacidade de 54 mil litros de água.
Sob gestão do Grupo de Água e Saneamento (GAS) a comunidade adquire agora um bidão de água de 20 litros por 50 kz.
Apesar de dois tanques, a comunidade do Boa Esperança tem sonhos maiores, tal como afirmou Amadeu Soma Vieira, morador do bairro Boa Esperança.
“Só esta água não basta, pois, a comunidade vive em condições muito precária. Vivemos em casas de chapas. Se tivéssemos mais água poderíamos construir casas de adobe”.
Amadeu Soma Vieira aproveitou o espaço para apresentar outros problemas que afectam a comunidade, como vias de acesso degradadas, a falta de iluminação pública e escola.
Este workshop está enquadrado no projecto NaturAngola, financiado pela organização alemã Pão para o Mundo e contou com a participação de membros de organizações da sociedade civil, moradores dos bairros Boa Esperança e Chipupa, instituições públicas, religiosas, académicas e quadros da ADRA, um total de 45 pessoas