A ADRA avaliou de 19 a 23 do mês em curso, as accões de intervenção do projecto “Ampliando Direitos, Construindo o Futuro” nos municípios da Caála e Bailundo na província do Huambo e Kiwaba Nzoji e Cacuso na província de Malanje, para constatar o seu impacto junto dos beneficiários.
A nível da província do Huambo, constata-se que as comunidades estão cada vez mais esclarecidas sobre a temática dos direitos sexuais e reprodutivos, planeamento familiar, violência sexual, assédio, abuso e exploração sexual, fruto das acções desenvolvidas pelo projecto que contempla pacotes de formações para o efeito.
Albino Camosso, de 48 anos de idade, membro da cooperativa Visão para o Futuro, um dos beneficiários do projecto no município da Caála, não esconde a sua satisfação desde que aprendeu que não se obriga a esposa a fazer coisas sem o seu consentimento.
“Eu obrigava a minha mulher a fazer sexo quando eu quisesse, não importava saber a hora e nem o seu estado, ou seja, mesmo cansada e doente ela tinha que aceitar fazer amor comigo, senão eu lhe batia. Mas depois de aprender com as várias palestras da ADRA sobre violência, abuso e exploração sexual, hoje já não obrigo a minha esposa a fazer relações sexuais, afinal é necessário haver preparação para fazer amor”. Referiu.
Outro testemunho sobre o impacto do projecto, vem da província de Malanje, concretamente do município de Cacuso, comuna do Lombe, na voz de Suzeth Sebastião Bento, camponesa e activista do Grupo Renascer.
“O pojecto me deu conhecimento através das palestras sobre direitos sexuais e formação de parteiras tradicionais. Já realizei dois partos e correu tudo bem; isso é fruto do projecto, as mulheres que lhes ajudei a fazer o parto nasceram 2 rapazes, foi de forma gratuita e o trabalho vai continuar. Agradecemos as formações da ADRA. Sublinhou.
Esta acção, enquadra-se no âmbito do projecto “Ampliando Direitos, Construindo o Futuro” financiado pela União Europeia, e está a ser implementado nas províncias do Huambo e Malanje.